(Palestra proferida no "III Curso Livre Marx-Engels", Centro 28 de Agosto)
(Capa do livro "Estado e Forma Política", editora "Boitempo", 1ª edição, Maio/2013)
(entrevista concedida à Rádio Bandeirantes , AM 1360, em 16/05/13, sobre o lançamento de seu livro "Estado e Forma Política")
Mascaro afirma que um entendimento mais profundo do Estado e da política, exigido pela urgência da atual conjuntura, só é possível mediante uma análise de sua posição relacional, estrutural, histórica, dinâmica e contraditória no todo da reprodução social. É, portanto, com a perspectiva da totalidade, própria da tradição marxista, que lança as bases para um projeto emancipatório, em que a forma política só pode ser compreendida como derivação da forma mercadoria, que se instaura no capitalismo.
É também a partir dessa perspectiva que o jurista resgata conceitos-chave da análise do Estado, “autonomia relativa do Estado”, “derivação da forma política estatal” e “luta de classes”. O livro tem uma preocupação didática, que torna acessível conceitos complexos, como “Estado, nação, sociedade e indivíduo” ou “Estado, cidadania e democracia”. Estado e forma política se torna, assim, um notável sistematizador do conhecimento, lastreado na elegância de estilo e na clareza características do autor.
A investigação também explicita como a teoria do Estado se revela diante dos conflitos recentes, gerados pelos impasses da economia política global. Para Mascaro, as múltiplas crises do modo de produção capitalista não permitem identificar uma mesma resposta política, tampouco um mesmo padrão de superação ou retomada econômica. Mas se vê no Estado um fator comum na busca por soluções, ainda que, quase sempre, não se entenda sua natureza estrutural capitalista. “Em momentos de crise, toda sociedade se volta para o Estado para que a salve de suas próprias contradições”. Mascaro acredita que somente futuras dinâmicas que sejam necessariamente socialistas podem ensejar arranjos sociais inovadores, não fundados na concorrência e nos antagonismos de classes, grupos e indivíduos. “O capitalismo é crise”, sentencia.
(Palestra proferida no Tribunal de Justiça de São Paulo em 27/04/2012)
"A compreensão do Estado só pode se fundar na crítica da economia política capitalista, lastreada necessariamente na totalidade social. Não na ideologia do bem comum ou da ordem, nem do louvor do dado, mas no seio das explorações, das dominações e das crises da reprodução do capital é que se vislumbra a verdade da política." (Alysson Leandro Mascaro - "Estado e Forma Política", pg.14)